Dizem que esta história aconteceu realmente. Durante
uma manobra de navios americanos na costa canadense, o capitão de um
porta-aviões avistou uma luz e enviou um sinal de rádio: - aqui é o capitão
John Smith. Seu navio está em rota de colisão com o nosso. Favor alterar o
curso em 15 graus norte, câmbio.
O canadense respondeu: - vocês é que estão em rota
de colisão conosco. Alterem o curso em 15 graus sul, câmbio.
O capitão americano ficou irritado com a afronta: -
nos exigimos que vocês alterem o curso em 15 graus norte, câmbio!
O canadense: - nós insistimos que vocês alterem o
curso em 15 graus sul, câmbio.
O capitão irritadíssimo: - aqui é o USS Lincoln, da
marinha americana, o maior porta-aviões de guerra do Atlântico Norte. Estamos
num comboio com duas fragatas, dois destroyers e numerosos navios do apoio,
câmbio.
E o canadense: - E aqui é o farol, câmbio.
Parece piada, mas fato real é que o orgulho e a
arrogância, como dizia Jean Lacordaire, divide os homens, enquanto a humildade
os une. E não adianta se orgulhar da humildade, ela está impregnada na vida do
indivíduo de mente curta. Tive um professor, que não tenho dúvidas de ter sido
o mais qualificado que tive na vida, de
um dia dizer que gostaria de escrever um livro sobre a humildade, mas achou que
seria muita presunção. Ele sabia bem que a humildade não é presumida, é uma
virtude, e virtude dos sábios e que não se é propagada aos quatros ventos. A
verdade é que a presunção é uma companheira mais íntima da ignorância que do
conhecimento. Foi a causa da ruína dos anjos do céu e uma síndrome que ataca
muitos homens que se julgam juizes, com conhecimento especial acima do bem e do
mal, aquele tipo que sempre sabe de
tudo, e não tem mais nada para aprender. Sempre haverá um pequeno farol no meio
da jornada para mostrar a falta de visão. Temos necessidade urgente na vida
política, nos negócios, e na nossa sociedade de homens e mulheres de visão e
que tenham discernimento das luzes neste oceano de aflições que vivemos.
Estamos aqui para aprender
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