25% dos consumidores não recebem sorriso no atendimento


De acordo com a oitava edição do estudo global Smiling Report, houve uma queda de 10% na qualidade do atendimento em relação à ultima pesquisa realizada

O setor de saúde e beleza foi o que teve o melhor desempenho

Rio de Janeiro - Cerca de um quarto dos consumidores não receberam sorrisos durante o atendimento em 2011. É o que aponta a oitava edição do estudo global Smiling Report, conduzido pela Better Business World Wide em 32 países. O resultado é produto da avaliação de mais de 1,6 milhão de clientes ocultos e indica queda de 10% na qualidade do atendimento, em relação ao último período em que a pesquisa foi produzida, entre 2004 e 2007.
 Paquistão foi o país com o menor índice de sorrisos (37%), enquanto Áustria e Paraguai lideram com 96% cada. Dividem a segunda posição Islândia e Ucrânia, ambas com 93%. Em 2011, 79% dos clientes ocultos foram cumprimentados e 45% receberão sugestões dos vendedores durante a compra.
O setor de saúde e beleza foi o que teve o melhor desempenho, com média de 89%, seguido por hotelaria (85%). A indústria do transporte apresentou o resultado mais baixo, com 51% de sorrisos. O estudo também avaliou que, ao longo de 2011, foram realizadas 45% de “vendas casadas”, a partir da sugestão dos vendedores. Letônia e Colômbia tiveram os melhores índices nessa variável, com 90% e 74%, respectivamente.
Os países com o desempenho mais baixo nesse quesito foram Chipre (15%), Grécia (22%) e Suécia (23%). Na análise das categorias, o setor automobilístico se destacou no campo das sugestões, com índice de 64%, seguido por transportes (44%), varejo (43%) e lazer (38%). No Brasil, a pesquisa foi realizada por meio da Shopper Experience.

O que impulsiona e o que empaca sua carreira


Em pesquisa, aspectos comportamentais lideram lista de atributos essenciais para o crescimento na carreira
  Talita Abrantes, de exame

São Paulo – Um currículo de tirar o fôlego até pode impressionar o recrutador, mas, no dia a dia corporativo, os traços comportamentais do profissional são determinantes para o crescimento na carreira. Pelo menos, é o que indica levantamento recente feito pela consultoria Lab SSJ.
Pesquisa recente da Harvard Business Review comprova esse achado: dos 50 presidentes de empresas que tiveram o melhor desempenho na América Latina entre 1995 e 2009, apenas 12 fizeram um curso de MBA.
Para saber quais são os aspectos mais decisivos para crescimento na carreira no Brasil, o Lab SSJ consultou executivos de 32 empresas e pediu para eles avaliarem 12 traços apontados como importantes para o desenvolvimento profissional em pesquisas internacionais.
A principal conclusão? “O que conta mais para um líder tocar um negócio, uma equipe e outros projetos são as habilidades de comunicação dele”, afirma Carolina Correa, gerente de mercado da consultoria.
O que impulsiona

1. Saber ouvir (75%) e se comunicar bem (67%)
Comunicar-se bem é essencial para crescer na carreira, “saber ouvir” deve ser o alicerce desse traço comportamental. “Quando você tem esse tipo de habilidade, você entende o que o outro quer dizer, tira o melhor daquela informação e soma com o que você já sabe”, diz Carolina. “Você considera o que está sendo dito e consegue se posicionar melhor”.
Os benefícios dessa postura vão desde o garimpo de novas (e boas) ideias coletivas, passando pelo estabelecimento de relações de confiança até fortalecimento do poder de influência sobre os demais funcionários.
Ser um bom orador conta, mas não é tudo. As boas habilidades de comunicação se revelam em saber se posicionar na hora certa, ser claro e saber entregar a mensagem. Atributos essenciais para quem, um dia, mira liderar pessoas.
2. Assumir riscos
Quanto maior o risco, maiores os ganhos. O conceito base do mercado financeiro também é requerido para boa parte dos cenários corporativos. E quanto mais elevada sua posição na hierarquia, maior a exigência por esse tipo de traço comportamental.
“Se você prefere a zona de conforto, se contenta em passar o dia carimbando notas fiscais, por que irá questionar as estratégias da companhia?”, diz Carolina. “Quem está disposto a assumir riscos abre caminho para fazer um trabalho melhor e para a inovação”, diz a especialista.
3. Lidar com a diversidade (50%)
Com um mercado cada vez mais complexo, saem na frente companhias (e equipes) que apostarem na convergência de diferentes visões. “Ou você pega os pontos positivos da diversidade e a equipe fica mais completa, ou você é condenado à mesmice”, diz Carolina.
Segundo a pesquisa, profissionais que saibam lidar e conciliar essas diferentes visões são os que mais chances tem de crescer na carreira. “Pensar igual sempre limita a sua inserção num pensamento mais global e amplo”, diz a especialista.
4. Saber influenciar (47%)
A exemplo de gente como Steve Jobs, da Apple, e o comandante Rolim, da TAM, ter o poder de inspirar (e influenciar) outras pessoas é quase uma senha secreta para o sucesso. “É essencial saber ativar as pessoas da forma certa para alcançar objetivos que serão bons para todos. Pessoas que sabem influenciar conseguem tocar projetos que fluem e geram um ambiente de colaboração”, diz Carolina.
5. Entender do negócio, 43%
"As habilidades técnicas não estão no topo, mas cada vez que sobe na hierarquia, você faz menos trabalhos operacionais, pensa e age mais estrategicamente”, diz a especialista.
A base para esse pensamento estratégico deve ser uma compreensão profunda e madura do negócio que você está inserido. Isso significa saber tudo sobre a concorrência, perspectivas de mercado e possibilidades para a própria companhia, entre outros fatores.
O que trava a carreira
Por outro lado, não se engajar, não saber trabalhar em equipe e gaguejar metaforicamente na hora de se comunicar são os fatores apontados para travar a carreira. Confira:
1. Falta de comprometimento (73%)
2. Ser arrogante (67%)
3. Ser individualista (53%)
4. Ter pouca habilidade para se comunicar (50%)
5. Ser centralizador (43%)
6. Ser imaturo (43%)

Comprar a vista sempre: parcelas empobrecem....


A tradição das religiões não permite incorporar algumas modernidades, situações novas com as quais os antigos não conviviam. Infelizmente não podemos criar mandamentos que eliminariam imenso sofrimento humano, que reduziriam inúmeros conflitos familiares modernos, que devolveriam paz de espírito a muitos seres humanos. Se pudéssemos, eu proporia um
décimo primeiro mandamento: "Jamais comprarás a prazo".

O endividamento pessoal, o crediário sem fim e as compras a prazo deturpam a condição humana. O trabalho se torna uma obrigação, a de saldar as dívidas do consumo, em vez do contrário: O consumo deveria ser a recompensa merecida pelo trabalho bem feito.

"Curta hoje, pague depois", tornou-se o novo lema do consumismo mundial, uma inversão da ética milenar de colocar o sacrifício antes do prazer.

Talvez por isso somos um povo eternamente endividado, pendurado. Poupamos pouco, investimos menos ainda. Não é à toa que para muitos trabalhar é um fardo. O prazer veio antes.

A desculpa de "se eu não comprar a prazo jamais comprarei algo" não convence, porque comprando a prazo você estará pagando muito mais pelo mesmo produto, acrescidos de juros e inúmeros outros custos adicionais.

Se você depositar todo mês numa aplicação de renda fixa o valor equivalente ao que seria o da prestação, depois de dezoito meses terá entre 50% e 100% de rendimento a seu dispor, dependendo das taxas de juros do momento.

A questão nunca está entre comprar e não comprar, mas entre receber a mercadoria já, pagando prestações e juros no futuro, e poupar e comprar no futuro, à vista, com desconto e tudo mais. Não são os pobres que compram a prazo, é a compra a prazo que os deixa mais pobres. Compre a prazo e você ficará eternamente pendurado. Compre à vista e estará eternamente livre dos juros do crediário.
Quando se compra a prazo, paga-se por muitos custos adicionais, além dos juros, algo que nossos professores não ensinam. Comprando à vista, uma série de despesas se torna desnecessária, barateando o custo do produto.
Comprando em dez prestações, você está pagando por dez notas promissórias e dez lançamentos que precisam ser contabilizados e registrados. Cada vez que você paga uma prestação, um funcionário tem de receber e contar o dinheiro, um contador precisará dar baixa na prestação, um recibo deverá ser emitido e assinado. Tudo isso tem um custo. Além do mais, há o custo do centro de atendimento de crediário. Nada disso é necessário quando você compra à vista.
Existe ainda o custo da pesquisa de crédito: alguém tem de telefonar para seu empregador, seus antigos credores, para o serviço de proteção ao crédito e assim por diante. Chamam a isso custo de abertura de crédito. E quem paga é você.
Muita gente acaba não saldando as prestações, e o pior da compra a prazo é que você terá de pagar por esses caloteiros. De 3% a 8% dos devedores nunca quitam suas dívidas, e quem paga é você. Isso é uma enorme injustiça, os bons pagadores acabam pagando pelos maus pagadores. Como nunca se sabe de antemão quem vai dar o calote ou não, não há outro remédio a não ser incluir o custo no preço pago por todos.
Inadimplência não é o único custo que se tem quando se compra a prazo, existem ainda milhares de devedores que atrasam o pagamento. Embora não sejam exatamente caloteiros, acabam incorrendo em outros custos, dos cobradores, dos advogados, das cartas de aviso, e quem paga novamente é você, pagador pontual.
Todos esses custos estão embutidos nos juros cobrados, o que gera algumas conclusões equivocadas por parte de certos economistas, jornalistas e políticos que acusam o comércio, os bancos e os cartões de crédito de cobrar juros abusivos. Esquecem que os "juros" são na realidade a soma de juros mais todas essas despesas.
Além de tudo isso, a compra a prazo provoca um senso de superioridade incompatível com sua produtividade, uma ostentação acima de sua capacidade de produção. Na compra de um imóvel não há alternativa a não ser o plano a prazo, mas na compra de um eletrodoméstico há. Para sua felicidade e de sua família, incorpore mais um lema em sua vida: compre à vista.
Stephen Kanitz é administrador (www.kanitz.com.br) 

Artigo Pu
blicado na Revista Veja, edição 1742, ano 35, nº 10, 13 de março de 2002, página 20.

Facebook obtém sucesso com Timeline para marcas


São Francisco  - Os esforços do Facebook com o objetivo de transformar sua rede social num local mais amigável para negócios e marcas célebres tiveram um início positivo, disse a empresa.
Oito milhões de marcas, de montadoras de carros a bandas de rock, fizeram a mudança para o novo formato de página do Facebook dez dias após a mudança ter sido apresentada num evento de lançamento em Nova York no mês passado, disse a rede social.Descrição: http://ads.abril.com.br/RealMedia/ads/adstream_lx.ads/infoexame/plantao/1823736389/Bottom/AbrilDefault/default/empty.gif/73536877764538595079494144437858 
Alguns executivos dizem que as novas ofertas de anúncios que fazem uso das novas capacidades do website os estão auxiliando a alcançar novos públicos por meio da rede social de 845 milhões de membros.
"Se há uma mensagem específica que queremos transmitir, sabemos que isso garante que ela chegará a eles", disse o diretor de estratégia Steve Baer, da agência de marketing digital de Nova York Code and Theory, que recentemente organizou uma campanha paga para o refrigerante Dr. Pepper que fazia uso dos novos anúncios do Facebook.
As manobras da rede social para se aproximar das grandes marcas de consumo são parte importante de seus esforços para elevar sua receita enquanto a empresa se prepara para uma oferta pública inicial (IPO) que pode valorar a empresa, que já existe há oito anos, em até 100 bilhões de dólares.
Um dos desafios mais importantes do Facebook é convencer empresários a gastar dinheiro anunciando em seu serviço ao invés de usar a rede social como uma ferramenta de promoção gratuita, dizem analistas e observadores do mercado.
O Facebook está mirando seus novos serviços de anúncios em direção a marcas conhecidas como o Dr. Pepper, que conseguiu mais de 11 milhões de "fãs" em sua página, mas que não promoveu muitos anúncios na rede social, de acordo com Baer.  Fonte: Info

A riqueza em forma de felicidade


Por Guilherme Mazui
Um pequeno reino encrustado na cordilheira do Himalaia vê o dinheiro como coadjuvante. No Butão, o importante é ser feliz. Tanto que o país trocou o conceito de Produto Interno Bruto (PIB) pelo de Felicidade Interna Bruta (FIB). O exemplo integra os esforços para que o mundo adote índices menos materialistas e mais sustentáveis para avaliar o seu desenvolvimento.
A ideia do Butão não é nova — está em vigor desde os anos 70 —, mas continua atual. A Organização das Nações Unidas (ONU) lidera uma discussão para encontrar um modelo capaz de aprimorar o PIB (a soma das riquezas de um país, Estado ou cidade) e o IDH, o Índice de Desenvolvimento Humano, que engloba economia, expectativa de vida e educação.
— Estamos acostumados com avaliações que não contemplam os interesses das pessoas e a sustentabilidade — diz o doutor em Ciências Econômicas pela Escola Central de Planejamento e Estatística de Varsóvia (Polônia), Ladislau Dowbor.
Ex-professor da Universidade de Coimbra e consultor de agências da ONU, Dowbor considera o PIB uma “contabilidade clamorosamente deformada” e sente falta no IDH de temas como segurança e meio ambiente.
— São Paulo é uma cidade com mais de 7 milhões de veículos. Para o PIB é bom, vende carro, aquece a economia, mas polui e prejudica a mobilidade. Outro exemplo: em um desastre ambiental, o recurso gasto na recuperação eleva o PIB — completa Dowbor, que leciona na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
O Brasil é um bom exemplo para apontar a necessidade de novos indicadores. É o que deixa claro o questionamento de Mauricio Broinzini Pereira, coordenador-executivo da Rede Nossa São Paulo, movimento que promove análises mais abrangentes de São Paulo.
— O Brasil é a sexta economia do mundo, mas qual é a nossa qualidade de vida?
O cerne desta questão fez a França iniciar em 2008 um trabalho de revisão dos seus indicadores, baseada no relatório da Comissão Stiglitz, feito a pedido do presidente Nicolas Sarkozy. Liderado pelo americano Joseph Stiglitz, Nobel de Economia, o grupo referendou a necessidade de casar economia, ambiente, bem-estar e qualidade de vida nas estatísticas que apontam o desenvolvimento nacional.
Os ensinamentos do relatório Stiglitz e outras práticas adotadas pelo mundo serão discutidos nesse ano pela ONU para acelerar a criação dos novos índices, movimento que pode ter a ajuda da Rio+20, prevista para junho. Rever as estatísticas está no caminho da economia verde.
Até o momento, pelo conceito e efeito prático na vida da população, o modelo do Butão se assemelha mais ao que a ONU procura. País de PIB reduzido, é o lar de 700 mil pessoas que vivem com baixos índices de analfabetismo, miséria e fome. O FIB adotado pelo reino asiático leva em conta nove itens. Cultura, educação, saúde, uso do tempo, padrão de vida e ambiente integram o grupo (confira abaixo), que ainda envolve um aspecto chamado “bem-estar psicológico”. Explica o consultor empresarial Vicente Gomes, especializado em FIB:
— É o que os cientistas tratam por felicidade. Avalia a satisfação do cidadão sobre sua própria vida. O FIB coloca o homem no centro da avaliação.
Entenda o FIB
O conceito de Felicidade Interna Bruta (FIB) nasceu em 1972, no Butão, elaborado pelo então rei Jigme Singye Wangchuck, com ajuda do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O FIB entende que o objetivo de uma sociedade não pode ficar restrito ao crescimento econômico, mas deve integrar finanças e qualidade de vida. Sua avaliação é feita em cima de nove dimensões.
:: Bem-estar psicológico – Avalia o grau de satisfação e de otimismo que as pessoas têm em relação a sua própria vida. Os indicadores incluem taxas de emoções positivas e negativas, analisam a autoestima, sensação de competência, estresse e atividades espirituais.
:: Saúde – Mede a eficácia das políticas de saúde. Usa critérios como autoavaliação dos serviços oferecidos, invalidez, padrões de comportamento arriscados, exercícios, sono, nutrição etc.
:: Resiliência ecológica – Mede a percepção dos cidadãos quanto à qualidade da água, do ar, do solo e da biodiversidade. Os indicadores incluem acesso a áreas verdes, sistema de coleta de lixo etc.
:: Governança – Avalia como a população enxerga o governo, a mídia, o judiciário, o sistema eleitoral e a segurança pública em termos de responsabilidade, honestidade e transparência. Também mede a cidadania e o envolvimento dos cidadãos com as decisões e processos políticos.
:: Padrão de vida – Avalia a renda individual e familiar, a segurança financeira, a qualidade das habitações etc.
:: Uso do tempo – Apura como as pessoas dividem seu tempo. Leva em conta as horas dedicadas ao lazer e socialização com amigos e família, além de tempo no trânsito, no trabalho, nas atividades educacionais etc.
:: Vitalidade comunitária – Foca nos relacionamentos das pessoas dentro das suas comunidades. Examina o nível de confiança, a sensação de pertencimento, a vitalidade dos relacionamentos afetivos, a segurança em casa e na comunidade, além das práticas de doação e voluntariado.
:: Educação – Leva em conta fatores como participação na educação formal e informal, envolvimento na educação dos filhos, valores em educação, ambiente etc.
:: Cultura – Avalia as tradições locais, festivais, participação em eventos culturais, oportunidades das pessoas para desenvolver capacidades artísticas, além da discriminação por religião, raça ou gênero.

Crianças a alma do negócio


Saiba tudo sobre a rede social que mais cresce atualmente.


Nas últimas semanas um novo hype social tomou a timeline de muitos. Um tal de Pinterest está crescendo de forma assustadora e já é visto como uma ferramenta de marketing digital por grandes companhias, mas afinal de contas, o que é o Pinterest, o que se pode fazer com ele e como como ele funciona?

O site é uma modernidade daquela mania de recortar imagens interessantes e pendurar no mural do quarto, algo comum entre crianças e adolescentes na década de 90. O nome vem de um acrônimo das palavras pin (alfinete) e interest (interesse), a rede social atingiu 10 milhões de usuários norte-americanos em apenas nove meses, registrando o maior crescimento já visto até hoje em uma rede social.

Pinterest é um grande mural de imagens. Lá o internauta compartilha imagens e vídeos que julgue interessante. Você pode até achar esse conceito ultrapassado e já utilizado pelo Tumblr, por exemplo, só que a grande diferença da rede social é a possibilidade de dividir sua imagem em boards, ou seja, em murais.

Você pode montar um board sobre decoração, outro sobre bandas favoritas e culinária. Assim, você não  precisa ficar restrito a um assunto só e os seus contatos tem a opção de seguir o seu perfil ou apenas um board, permitindo controle sobre o que você vai consumir de conteúdo na rede social.

O internauta pode subir uma foto ou fazer uma pesquisa e “repinar” a imagem. “Pinar” é o termo predominante nesse ambiente repleto de imagens que agrada muito as mulheres, que hoje, representam quase 80% da audiência do site.

Como toda a rede social badalada, o Pinterest exige que você receba um convite para o cadastro no site. Não tem um amigo que possa te enviar o convite e já está se perguntando como conseguir um? O Pitacos Modernos vai te salvar novamente, envie um e-mail para falecom[arroba]pitacosmodernos.com.br com e  diga "Eu quero o convite para o Pinterest!" :)

Queda de 20% na audiência da Globo no carnaval

A transmissão da Globo dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro, no domingo, registrou uma queda de 20% na audiência, na comparação com 2011. Anteontem, a emissora marcou 8,3 pontos no Ibope da Grande São Paulo. A primeira noite dos desfiles cariocas no ano passado marcou 10,4. Em 2010, a média foi de 10,9 e, em 2009, 12,5 pontos. Com uma programação alternativa à folia, a Record bateu a Globo durante os dois primeiros desfiles. Das 21h às 23h32, o "Domingo Espetacular" marcou 15 pontos contra 13 da concorrente. Na sequência, o "Repórter Record", das 23h32 à 0h21, também bateu o Carnaval da Globo por 12 a 10 pontos.

SOBRE ESSE NEGÓCIO DE PROVAR A EXISTÊNCIA DE DEUS



Ouvi dizer que as palavras não se dão ao respeito. É verdade.
Não culpe as palavras, o problema está com quem as usa. De fato, é bastante natural que as palavras não se respeitem ao ponto de permanecerem enrijecidas, inflexíveis. Palavra rígida demais é palavra morta. Não se admira que usem o latim para denominar as espécies animais – homo sapiens, por exemplo. O latim morreu, ninguém mais bole com aquelas palavras. Homo é semprehomosapiens é sempre sapiens, e ponto final.
“Causa-me espécie” é sinônimo de “causa-me estranheza”, e nem por isso deixamos de captar em “Descobriram uma nova espécie de roedor” um outro significado da palavra “espécie”. É uma palavra viva.
Dito isso, causa-me espécie o que se faz com a palavra “científico”. Sei bem que preciso deixar esta palavra livre para se expandir e assumir novos significados, mas tem coisa que me parece exagero. Hoje usa-se “científico” para descrever o funcionamento de pranchas de alisamentos, para descrever a ação de cosméticos e para descrever os movimentos de artes marciais. “Funcionamento garantido cientificamente para alisar seus cabelos com o mais novo e revolucionário jato de íons”; “Hidratação e limpeza profundas – testado cientificamente”; “A magia das artes marciais explicada cientificamente”; e assim vai.
Meus queridos, “científico” precisa ter um significado mais profundo do que “comprovado”, “garantido” ou “medido com muita precisão”. Caso contrário, a coisa perde o sentido e o equívoco é inevitável. Por significar coisas demais, o termo passa a não significar muita coisa.
Assisti um especial da Discovery com a chamada “A ciência desvenda as artes marciais” ou coisa que o valha. Gostei do programa. Custou uma hora de sono, mas valeu a pena. Foram convidados campeões ou especialistas de cada modalidade: kung-fu, karatê, jiu-jitsu (era o brasileiro Royce Gracie), taekwondo, uns caras com espadas e outros com bastões. A estrutura do programa era pedir que os especialistas dessem golpes em um boneco de medições usados na indústria automobilística nos ensaios de impacto. O “científico” estava principalmente no boneco, que registrava com precisão os mais diferentes tipos de pancada. Só isso. Senti no ar uma intenção velada de determinar qual era o golpe mais mortal. Tudo “científico”, bem apropriado para a televisão.
Pergunte-se: faz sentido medir com precisão alguma coisa sem saber o que se pode esperar daquela medição? Que informação traz o mais preciso luxímetro se você não sabe para quê está medindo a luminosidade? Precisão, por mais importante que seja no esquema geral das coisas científicas, não é suficiente para transformar medidas em conhecimento científico.


Provado cientificamente é, na verdade, uma expressão forte demais. As pessoas costumam pensar que toda ciência é exata, com precisão de dez casas decimais, e que os achados científicos não podem ser questionados. Elas estariam certas se a natureza da evidência científica fosse a exatidão.
Percebeu a mudança de discurso? Estava falando da impressão injustificada de que a ciência é exata, incontestável, e usei, como quem não quer nada, a palavra evidência. Evidência é uma palavra menos contundente do que prova, mas ela é mais apropriada para a ciência. Obter evidências é um jeito de dizer “acúmulo de dados que sugerem uma interpretação compatível com uma determinada teoria”. Tem outra expressão interessante, que é “evidências convergentes”. Ela quer dizer “dados obtidos de diferentes áreas de pesquisa apontam para a validade de uma determinada teoria”. Evidências convergentes são mais fortes do que evidências.
Vamos aos exemplos. Evidência é quando se descobre que o hemisfério esquerdo do cérebro é dominante para linguagem, e que o hemisfério direito é dominante para o processamento espacial e visual. Como se descobre um negócios desses? Estudando o caso de pessoas com lesões cerebrais, normalmente causadas por AVCs (acidente vascular cerebral), os famosos derrames. O resumo da ópera é que pessoas com lesão no hemisfério esquerdo do cérebro apresentam dificuldades com a linguagem, quer dizer, elas não conseguem falar direito ou não compreendem direito aquilo que ouvem, dependendo da localização e da extensão da lesão. Pessoas com lesão no hemisfério direito do cérebro apresentam dificuldades na hora de copiar desenhos e de montar cubos pintados de acordo com um modelo. Estas são as evidências, e esta é a interpretação destas evidências.
Por que estes dados não são provas, apesar de serem contundentes? Porque há muita variação entre o tamanho das lesões, de sua localização, da idade dos pacientes, das suas habilidades adquiridas antes da lesão, da origem da lesão e diversos outros fatores. Isso impossibilita um estudo preciso, e por isso os neurocientistas precisam trabalhar com evidências e não se dão ao luxo de chamá-las de provas.
Evidência convergente é quando se descobre que surdos sinalizadores apresentam o mesmo padrão de deficiências cognitivas em consequência de lesões no hemisfério esquerdo ou direito. Surdos sinalizadores são aqueles que usam preferencialmente a língua de sinais, que no Brasil se chama LIBRAS (língua brasileira de sinais). Estes surdos usam o espaço para sinalizar, eles processam os sinais e seus movimentos complexos usando a visão. Então, a primeira suspeita seria que o processamento linguístico dos surdos sinalizadores seria feito no hemisfério direito, que é especializado no processamento visual e especial. Certo? Não, não é assim que acontece. As pesquisas mostraram que o mesmo padrão ocorre nos surdos sinalizadores: eles apresentam problemas linguísticos quando a lesão é no hemisfério esquerdo do cérebro, e problemas visuo-espaciais quando a lesão está localizada no hemisfério direito. Eu acho isso impressionante, e mostra que o hesmifério esquerdo é dominante para linguagem independentemente da modalidade em que essa linguagem se apresenta (auditiva versus visuo-espacial).
Evidências convergentes são assim: elas vêm de áreas diferentes de pesquisa e apontam para a mesma direção, para a validade de uma determinada teoria.
No entanto, mesmo as evidências convergentes têm suas limitações, que são bem parecidas com as das evidências. Apesar de serem impressionantes, elas apontam para a mesma falta de imprecisão. As lesões nos surdos apresentam as mesmas complexidades apresentadas pelas lesões em ouvintes. Elas acontecem em lugares diferentes, têm tamanhos diferentes, e têm origem diferentes (AVC, acidentes de carro, tiros etc). Essas lesões não são diretamente comparáveis e, portanto, são evidências de alcance limitado e de difícil interpretação. É assim que caminha a neurociência. Agora a ciência não parece tão exata, parece?
Mais uma coisa: estes estudos do funcionamento do cérebro humano usam, sem exceção, a estatística para tirarem sua conclusões. São análises de variância, de contraste, análise multi-variadas, coisas que assustam os mortais só de pensar nelas. É importante observar isso, pois a estatística aplicada nestes experimentos trabalha com faixas de valor e determina se as faixas são significativamente diferentes entre si. Se a ciência fosse tão exata como se costuma pensar, ela não precisaria da estatística e trabalharia com valores absolutos.
Isso não depõe contra a ciência, a neurociência ou outros ramos de pesquisa. Longe disso. É a maneira árdua e lenta de a ciência avançar. É notável que, apesar destas dificuldades, a ciência avance.
É assim que a coisa funciona. Vamos tomar cuidado com a expressão “prova científica”. Ela é um equívoco.


Quando um cientista vai colocar a mão na massa, ele deve se preocupar bastante com o arranjo do experimento que vai conduzir.
Em primeiro lugar, o cientista precisa saber o que está procurando, qual é o fenômeno que está investigando. Para isso, ele precisa de uma teoria que dê conta dos fatos, que os explique adequadamente. Uma boa teoria responde bem às questões existentes e suscita novas perguntas, novos questionamentos que, por sua vez, suscitarão novos experimentos. É assim que a ciência funciona. Já se disse que a ciência avança como em uma dança entre teoria e experimento. Nenhum experimento científico sobrevive em um vácuo conceitual.
Em segundo lugar, o cientista deve se assegurar que o experimento responde à pergunta que ele, inspirado pela teoria, está fazendo. Esta é uma parte delicada do processo, pois um arranjo experimental capenga leva a resultados capengas que não podem ser devidamente interpretados. Vou dar um exemplo da pesquisa com surdos sinalizadores (aqueles que usam a língua de sinais como meio preferencial de comunicação).
Na época em que fiz pesquisas com surdos, minha pergunta era a seguinte: se a língua de sinais tem subcomponentes visuoespaciais à serviço da linguagem, é possível que estes surdos, por conta do uso prolongado da língua de sinais, sejam mais rápidos do que os ouvintes não sinalizadores em tarefas que exijam o raciocínio visuoespacial? Calma.
Quando os surdos sinalizadores se comunicam, eles usam os sinais, que são totalmente visuais. Por assim dizer, os surdos sinalizadores conversam usando os olhos. Nos ouvintes, a mesma comunicação se faz com o ouvido. Pense: se os surdos sinalizadores usam o espaço para definir sujeitos, verbos e objetos, eles devem usar componentes do raciocínio visuoespacial para isso. Movimento de braços, mãos e dedos são cruciais para a sinalização eficiente: eles usam e interpretam visualmente os sinais, espaço e movimentos servem de apoio para a linguagem.
Depois de ler a literatura relevante deste campo, a pergunta que me fiz foi: será que os surdos sinalizadores apresentam um desempenho superior ao de ouvintes não sinalizadores em tarefas puramente visuais, ou seja, em que o espaço não é usado como meio de linguagem? O que eu precisava fazer era submeter surdos sinalizadores e ouvintes não sinalizadores a uma tarefa que demandasse unicamente o raciocínio visuoespacial, livre de qualquer componente linguístico.
Um experimento feito desta maneira, comparando o desempenho destes dois grupos, responderia à minha questão? Aparentemente sim, mas não. É que ficaria faltando algo na hora de explicar uma possível diferença: ela seria atribuída a quê? Como este tipo de diferença tende a favorecer os surdos sinalizadores, pode-se argumentar que é a longa experiência com a língua de sinais que causa o desempenho superior dos surdos sinalizadores em tarefas visuoespaciais. É igualmente possível argumentar que o fator determinante não é a experiência linguística dos surdos sinalizadores, mas o simples fato de que eles são surdos. A primeira explicação é linguística, a segunda é sensorial; a primeira enfatiza a plasticidade neural direcionada pelo uso da língua de sinais, a segunda enfatiza a plasticidade neural direcionada pela ausência da audição.
É possível sair desta encrenca adicionando um terceiro grupo experimental composto por pessoas que sinalizem e sejam ouvintes: os intérpretes. Eles são ouvintes, a língua falada é seu meio preferencial de comunicação, mas eles são sinalizadores proficientes e usam a língua de sinais faz muito tempo. Se este grupo entrar no experimento, podemos interpretar adequadamente uma possível diferença de desempenho entre o grupo de surdos sinalizadores e o grupo de ouvintes não sinalizadores. Se os intérpretes (ouvintes sinalizadores) apresentarem desempenho semelhante aos surdos sinalizadores, concluiremos que o fator determinante da diferença entre estes grupos é o uso prolongado da língua de sinais. Por outro lado, se os intérpretes apresentarem desempenho semelhante ao dos ouvintes não sinalizadores, concluiremos que o fator determinante da diferença é a perda auditiva.
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(Ah sim: neste caso, os surdos sinalizadores estão mais próximos do surdo sinalizador do que dos ouvintes não sinalizadores, favorecendo a interpretação linguística).
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É preciso muita arte, muito planejamento para que um experimento seja bem conduzido e apresente resultados aproveitáveis. O erro de não incluir o grupo de intérpretes neste experimento deixaria sem resposta uma das perguntas mais importantes, que é saber a que se deve uma possível diferença de desempenho em tarefas visuoespaciais. Seria uma ciência capenga.
A coisa se estende a outros aspectos do experimento, notadamente à estatística complexa usada para analisar os dados. Se isso não for feito com cuidado e precisão, o experimento torna-se inaproveitável.
Fazer ciência não é fácil, é um processo lento e doloroso, especialmente num Brasil que ainda carece dos recursos e apoio necessários. Mas o que me importa agora é dizer que os experimentos começam com uma teoria, e que não é qualquer experimento que responde às perguntas que a teoria suscita.
Estamos prontos para conversar sobre o que significa uma prova da existência de Deus.


É complexo esse negócio de definir se Deus existe ou não. Já dissemos que um bom experimento começa com uma teoria, prossegue com os cuidados no arranjo experimental, avança para a coleta cuidadosa dos dados e termina com a análise dos dados à luz desta mesma teoria. A teoria foi confirmada ou não? Na verdade, a pergunta mais correta é “aquele aspecto da teoria foi confirmado ou não?” É que nenhum experimento pode dar conta de confirmar ou desacreditar totalmente uma teoria. Na maior parte do tempo a ciência é mais específica, menos global, mais humilde do que grandiloquente.
Se é assim, imagine a encrenca que é tentar provar que Deus existe, ou que ele não existe. Não existe ciência para tanto. A própria ciência é menor do que a hipótese.
Para entender meu raciocínio, basta fazer a seguinte pergunta: “que tipo de experimento mostraria a existência de Deus ou a negaria?” Não existe experimento para isso. E lembre que não é qualquer experimento que responde às questões suscitadas pela teoria.
A questão da existência de Deus carece de teoria, é maior do que qualquer experimento e, portanto, nos deixa sem dados para analisar. Tal conclusão é o desespero do cristão que quer forçar outros a acreditar no mesmo Deus, é também a angústia do ateu que não consegue forçar outros a desacreditar no Deus que professa não existir. A questão permanecerá para sempre um impasse. A ciência, imparcial até mesmo em suas limitações, se recusa a abraçar um ou outro. Graças a Deus (caso ele exista, claro).
Voltemos à questão da teoria sobre Deus por um momento. Imagine um rapaz ao lado da cama de seu pai doente. O homem vai definhando a olhos vistos. O rapaz incessantemente implora a Deus que cure seu pai. Sem sucesso. A doença está quase vencendo o pobre homem e o rapaz, existencialmente contorcido, grita aos céus “Deus, se o senhor existe, cura meu pai”. O pai morre no dia seguinte e o rapaz vira ateu, daqueles que “sabem” que Deus não existe.
Posso entender a angústia e a revolta de um rapaz como esse. Afinal, a angústia e a revolta não são privilégio daqueles que perderam a fé em Deus e adquiriram a fé na sua inexistência. Não é disso que estou tratando. O problema é que a teoria “se curar, Deus existe; se não curar, não existe” é uma teoria falha. A ideia desconsidera a possibilidade teórica de Deus ter a capacidade de curar, mas não a disposição para tanto. Um Deus desse talvez não mereça respeito, mas isso não prova sua inexistência. Desconsidera também a possibilidade que o velho pai estava cansado e pediu para Deus levá-lo e dar-lhe descanso. Não quis dizer nada ao filho para não parecer covarde. E, nesse caso, Deus existe, mas resolveu atender o pai e não o filho.
O limite destas teorias é o limite da imaginação e da criatividade. Mas uma coisa é certa: passar de “Deus não curou meu pai” para “Deus não existe” é um salto de lógica inaceitável. Equivale dizer para sua mãe “você morreu para mim” e ter a expectativa de cair da condição de filho. Forte, dramática, com cores fortes, mas ainda assim uma lógica insustentável.
E é essa barreira intransponível da prova que me faz perguntar: e se Deus nunca pretendeu dar provas de si mesmo?


Pense comigo. Por um lado, não existe nenhum experimento científico que possa comprovar ou negar definitivamente a existência de Deus. A ciência simplesmente não alcança estas alturas. Por outro lado, há quem afirme a inexistência de Deus pelo fato de não ser atendido em algum pedido extremamente importante, comumente com um forte componente afetivo (aquela história de “Deus, se o senhor existe mesmo, livre meu pai da morte”). Por estas e outras não acho mais que provar a existência de Deus seja uma atividade relevante ou coerente.
Não me entenda mal. Deus costuma ser muito importante na vida da maioria das pessoas, mesmo daquelas que o negam, pois é preciso o tempo todo se referir a Deus para negar-lhe a existência. Quero dizer que a ênfase na prova é improdutiva e desnecessariamente árida. Por isso cheguei à conclusão de que a existência de Deus é uma questão afetiva, não uma questão intelectual.
Não me entenda mal, nem me jogue na cara essa conversa furada de que a fé milita contra a razão. Isso é um maniqueísmo típico de quem leu muito e raciocinou pouco. Estou dizendo que, em termos afetivos, a razão simplesmente não tem forças para alcançar as alturas desejadas. Assim, rogo “valha-me Carl Sagan!”.
Já assisti inúmeras vezes o filme “Contato”, baseado no romance de mesmo nome escrito por Carl Sagan, famoso astrônomo e divulgador da ciência. Ele é conhecido por seu ceticismo e crítica ao fundamentalismo religioso. Sempre que pode dá uma alfinetada nos crentes usando o alfinete da razão crítica que a tudo julga. A cena é o ex-padre Joss numa varanda. É uma recepção de gala, ele está vestido com um smoking e segura uma bela taça de champanhe. Sua companhia é a cientista Ellie, que captou uma mensagem extraterrestre que a lançou no cenário mundial. Avessa a muita gente apertada no mesmo lugar, ela prefere ficar na varanda com a boa companhia de Joss. Logo ela pergunta “E se, antes de mais nada, Deus nunca existiu, e que o criamos mentalmente para jogar nele nossas ansiedades?” Ele faz aquela cara de a-coisa-vai-esquentar, respira fundo e lança a pergunta mais constrangedora possível naquele momento: “Ellie, você amava seu pai?” Sim, ela o amava profundamente, e Joss já sabia dessa estreita ligação quando fez a pergunta. Ela gagueja, pois esperava uma discussão puramente intelectual, terreno familiar para ela. Assim que ela confirmou esse amor pelo pai, Joss pergunta em tom grave: “Então prove”. Providencialmente uma urgência de última hora a livra de responder a esta pergunta que inverteu o argumento na qual ela tanto confiava.
Para um cientista cético, Sagan captou com rara precisão a tensão que havia no ar. A resposta que fica subentendida na cena é que Ellie não pode provar seu amor pelo pai já falecido, pois não existe experimento científico que sirva para tal propósito. A única coisa que ela tem é seu relato verbal e a esperança de que Joss vá acreditar nela. Ele de fato acredita na intensidade do amor de Ellie por seu pai, mas, tendo em mãos apenas uma pergunta, mostrou que este amor não pode ser demonstrado por meio dos critérios céticos da ciência que ela advoga. Lúcida, cientista brilhante, destemida contra as interpretações errôneas mesmo sob a mais pesada pressão, Ellie sucumbe à incapacidade de provar a coisa mais preciosa que habitava seu interior. Ela sabia, ela tinha certeza, mas nunca conseguiria provar. Para um cético, nesta cena Sagan ficou mais parecido com o crédulo Joss do que com a cética Ellie. Toda vez que vejo essa cena – e eu já a vi dezenas de vezes – eu me delicio com a ironia do cético seletivo atirando no próprio pé. Quisera eu que todos os cristãos tivessem a mesma clareza de pensamento.
Entender isso foi uma libertação. Se as coisas do afeto são assim, o Deus no qual acredito sequer tentou provar sua existência. Se é nosso amor que ele sempre quis, uma prova inconteste se transformaria em obrigação racional, não em afeto legítimo. Amor provado e exigido não é amor de verdade.


Depois de gastar muitos dos meus neurônios ruminando sobre este tema, cheguei à conclusão que o esforço de provar a existência de Deus – ou de negá-la – é um projeto destinado ao fracasso. Claro que uso o termo “prova” como uma prova definitiva, indiscutível, que obriga ao assentimento intelectual. O cristão zeloso que deseja convencer seus pares da verdade da existência de Deus nunca terá esta ferramenta em mãos. Os convencidos de que Deus não existe nunca terão uma refutação cabal para brandir contra os crédulos. Já disse que “prova” científica é um termo equivocado se tratado literalmente. Digo agora que a “prova” sobre Deus é uma tentativa vã, logicamente insustentável.
Digo, no melhor do meu julgamento: Deus nunca quis se provar. Por que não? Porque ele está interessado no afeto voluntariamente dado, nesse negócio de amor verdadeiro. Provas cabais exigem, afetos doam por escolha. Prova inconteste e amor verdadeiro são coisas que não se misturam. E isso é uma coisa boa, existencialmente afinada.
A impossibilidade da prova cabal não é o mesmo que ausência de rastros, de evidências. É o mesmo quando amamos alguém: o sentimento não pode ser cientificamente provado, mas é verdadeiramente sentido. Quem sente tem certeza, mesmo que não consiga provar.

começo de uma digressão
Se você anda lendo muito essas revistas de divulgação científica, talvez pense que é possível provar o amor que uma pessoa sente monitorando os hormônios correndo no sangue e observando uma tomografia funcional do cérebro enquanto a pessoa sente este amor. Esta costuma ser uma explicação reducionista. Isso não prova nada, nadinha mesmo. É que não está estabelecido, além de qualquer dúvida, que são os hormônios e a ativação de determinadas áreas cerebrais os elementos geradores do sentimento amoroso. Ao contrário, o mais razoável é imaginar que é o amor é o causador destas variações. Você sente amor, então determinadas áreas do cérebro acendem e um tanto de hormônios – muito parecidos com os hormônios do estresse – correm pelas suas veias funcionando como detonadores químicos de longa distância.
A única coisa que isso prova é que o sentimento amoroso é acompanhado de alterações cerebrais e bioquímicas, sem determinar quem causa o quê. E convenhamos: quem ama não precisa deste tipo de “evidência”. O enlevo e o coração palpitante fornecem toda a certeza de que precisam.
fim desta digressão

Eu olho para a natureza e simplesmente não consigo conceber que tanta beleza e perfeição tenham surgido de processos aleatórios, cegos. Eu simplesmente não consigo comprar esta idéia. Há um problema filosófico intransponível aqui para o cientista que não acredita em Deus. Ele precisa encontrar regularidades no universo para fazer sua ciência, certo? Coisas como a regularidade da órbita do elétron em torno do núcleo atômico e o funcionamento dos neurotransmissores nas sinapses, certo? Mas como processos totalmente aleatórios podem gerar um universo onde este tipo de regularidade pode ser estudado com o método científico? Nunca ouvi nenhum, nem um sequer, cientista se pronunciar sobre esse assunto. Parece conveniente este silêncio. Eu não tenho este problema. Deus criou as coisas e as criou com ordem e inteligência. Assim, sem a existência de um Deus com estas qualidades, a ciência sequer seria possível. Uma bela evidência.
Eu penso nas pessoas com as quais converso, e penso nas pessoas que observo. Todas elas têm alguma coisa faltando, uma angústia que as deixa desconfortáveis, como que à busca de algo que nem sabem o que – ou quem – é. Se existe um Deus do qual nos afastamos, um Deus que possui aquilo que pode tirar a angústia e apaziguar o coração, bem, faz sentido encontrar tanta gente com angústia existencial e coração irrequieto. Por isso fico pensando que Deus deve mesmo existir. Afinal, nós nos afastamos daquele que é a fonte que mata a sede da alma. Outra bela evidência.
Estas coisas me bastam. O barulho dos céticos não me incomoda mais. Descobri que eles têm muito mais a explicar do que eu, que eles não gostam muito de ser questionados, e que mesmo suas respostas me dão a impressão de serem incompletas e canhestras. Encontrei na natureza e na alma humana tudo o que eu precisava para dizer que Deus existe sim.
Sei bem o quanto esta volta argumentativa me custou. Descobri que Deus ficou mais perto, não mais longe ou desaparecido. Submetido aos mais rigorosos testes racionais, lógicos e científicos, minha fé sobreviveu, robusteceu-se e deu de ombros às bobagens irrefletidas que tantos arrotam. E quem acha que consegue ser mais rigoroso do que eu fui nos meus anos de reflexão, que atire o primeiro questionamento. Vai ser divertido.


Líder: conheça 6 frases que devem ser evitadas ao demitir alguém


SÃO PAULO - Comunicar ao profissional que ele será demitido da organização não é uma tarefa fácil, mas faz parte das funções do gestor. Neste momento, em que as emoções ficam “à flor da pele”, é necessário ter alguns cuidados.
Para a consultora associada da Muttare, Roberta Yono Ebina, nesta hora é fundamental que o líder aja com transparência. Pensando nisso, ela apontou algumas frases que devem ser evitadas. Confira abaixo:

·         “Você sabe porque está sendo demitido”: épapel do líder esclarecer os motivos que levaram a decisão. Mesmo que o profissional saiba porque está sendo demitido, o gestor tem de apontar as razões.
·         “Você exagerou”: frases deste tipo revelam julgamento por parte do líder. O gestor deve apenas descrever os fatos em que o funcionário errou, mas eles devem ser isentos de julgamentos. Exemplo: caso o profissional tenha gritado com alguém, o correto é dizer, exatamente isso, e não, “você foi mal educado, exagerou e gritou com fulano”.
·         “Você não fez o que eu pedi”: isso revela que o profissional trabalhava para atender aos interesses do líder e não da empresa. O gestor deve lembrar que todos na empresa trabalham em função da empresa e não dele.
·         Seu colega é melhor que você”: não envolva terceiros na conversa. Se o profissional não atendeu às metas e aos resultados esperados, isso deve ser esclarecido. De maneira alguma o gestor deve apontar que tal pessoa alcançou o resultado esperado e quem está sendo demitido não.
·         “O RH está aqui para me ajudar”: o anúncio da demissão deve ser feito apenas pelo líder, por isso não cabe ao departamento de RH (Recursos Humanos) da empresa participar da conversa. O papel do RH é treinar e capacitar o líder para que ele saiba agir em situações como esta. No processo demissional, o RH só deve atuar para resolver os assuntos como homologação, pagamento de salário, entre outros.
·         “A empresa está com um plano de corte de custos”: se realmente a empresa está passando por um momento de crise, isto deve ser esclarecido, e o gestor deve dizer que tantas pessoas serão demitidas. Caso não seja verdade, usar de este artifício é um erro crucial e demostra que o gestor é covarde e imaturo, ou seja, ele não está pronto para assumir um cargo de liderança.

Dia certo para demitir
O gestor também pode errar ao demitir o profissional em dias inapropriados, como aniversário e véspera de Natal. “Também não é legal demitir quando a pessoa perdeu alguém da família há poucos dias”, acrescenta a gerente de Recursos Humanos da Personal Service, Alexandra Morgado.
Ela explica que não existe uma data específica, mas o mais aconselhável é demitir em uma sexta-feira, já que o profissional terá o final de semana para refletir sobre o assunto e terá o apoio dos familiares e amigos. “Nós temos que lembrar que a demissão mexe com a vida das pessoas, por isso é importante ter cuidado e delicadeza neste momento”.
Por fim, a especialista aconselha que os líderes sempre optem por dar feedbacks constantes aos seus colaboradores. Desta maneira, o colaborador saberá se seu trabalho atende às expectativas da empresa e, caso não esteja, ele terá chances de melhorar. Se não melhorar e for demitido, ele não será pego de surpresa.
Por: Karla Santana Mamona

Não permita que a bagunça da mesa aumente o estresse no trabalho


4 dicas para você organizar sua mesa de trabalho
Especialistas afirmam que a desorganização afeta sim a produtividade de um profissional
Camila Lam, de exame

São Paulo – A mesa de trabalho de uma pessoa pode contar muito de sua rotina e personalidade. Para alguns, a bagunça pode ser organizada, mas para os especialistas, essa atitude não é vantajosa para a imagem de um profissional e para sua carreira.
Para Ivo Corradi de Abreu, consultor em organização, organizar a área do trabalho, seja no escritório ou em casa, aumentará a eficiência pessoal e diminuirá o estresse. “Quando você é cobrado de uma correspondência ou relatório que você nem lembra se recebeu ou não, isso demonstra um descontrole no trabalho”, diz.
“O profissional precisa se conscientizar de que a sua desorganização atrapalha sua produtividade”, afirma José Luiz Cunha, engenheiro e fundador do portal OZ! Organize sua vida.
Confira abaixo as dicas dos especialistas:
1 Descarte e limpe
Verifique se cada objeto que está em sua mesa de trabalho tem utilidade e descarte tudo aquilo que não pertence ao trabalho. Para Cunha, esse primeiro passo tem que ser planejado, e com uma data marcada. “Chegue mais cedo ou saia mais tarde do trabalho”, ensina.
2 Categorize
A melhor forma de organizar os papeis e documentos é classificá-los por assuntos. “O ideal é que a mesa tenha a menor quantidade de papeis possível”, diz Abreu.
Ele recomenda que uma bandeja, por exemplo, sirva de caixa de entrada para as correspondências. Dessa maneira, o profissional poderá gerenciar os papeis que viu e não viu.
3 Coloque as coisas no lugar
Levar muito tempo para achar algo que está precisando, além de ser uma perda de tempo pode ser prejudicial para sua produtividade, uma vez que a perda de um documento ou contato pode custar caro.
Para os especialistas, uma gaveta pode servir de suporte para que você possa colocar todos os trabalhos que precisam ser executados. Organizando dessa maneira, você saberá onde os objetos estão.
4 Afaste os objetos “inúteis”
“Deixe afastados os arquivos, livros ou revistas que você não consulta há meses”, ensina Cunha. Mas o bom senso prevalece quanto aos objetos pessoais, que para Abreu podem servir de motivação para o profissional.
Por isso, evite coleções de canecas, troféus ou de objetos muito pessoais. “Calendário, porta lápis e até uma fotografia são bem vindos”, diz.